sexta-feira, 22 de março de 2013

BOIADEIRO SEBASTIÃO DE APARECIDA

       Sebastião de Aparecida é o nome dado pelo boiadeiro que se apresenta incorporado ao Marcelo. 


EMBLEMA DO BOIADEIRO

A energia ou emblema do boiadeiro é a vida daquele trabalhador solitário que sai pelo mundo tocando boiadas, rodando como peão, fazendo familias no caminho, ajudando suas famílias, mas não mais retorna para elas. Acaba até ajudando a criar filhos que não são seus. Na prática espiritual, o boiadeiro conduz espíritos para tratamento e doutrinação. Apesar da sua energia ao abordar os eguns, como se pegasse um touro pelo pescoço e lhe desse chicotadas, ele os conduz a hospitais e locais de socorro.
ÚLTIMA ENCARNAÇÃO
Em suas comunicações esclareceu que sua última encarnação foi no final do século XIX, década de 1890, no estado do Mato Grosso.  Depois de muitas vezes que se apresentou, disse que eu fora seu irmão nessa última encarnação. Éramos em quatro irmãos  lavradores. Ele partiu pelo mundo e eu fiquei junto à familia. Não possuimos as propriedades e eramos arrendatário. Meu pai e irmão nessa encarnação foram os senhores das terras, os nobres como ele chamava. Também meus avo paterno e tios eram os nobres, aos quais foram dadas terras também nessa encarnação. Rememorando o que aconteceu com essa minha família, o fato é que meu pai perdeu toda a sua terra, 6 anos apos tê-la herdado do meu avô. E eram terras ótimas. Os os irmaos de meu pai, inclusive os que muitas vezes o enganaram, mantiveram suas heranças. Eu tinha verdadeira paixão pela terra e pela mata, e sofri muito com essa perda, diferentemente do meu irmão que pouco interesse tinha por elas, a não ser o dinheiro que poderiam dar. Disso concluo eu não tinha mesmo direito a essas terras por haver tomado dos outros, ou o que é mais forte na minha idéia é que eu necessitava de experiências mais amplas na cidade grande, e se me mantivesse muito ligado à terra não desenvolveria a espiritualidade. Digo isso porque mesmo vivendo na cidade grande não fui bem sucedido em profissões ou trabalho, e sim na busca de espiritualidade. Eu realmente me modifiquei no estudo do esoterismo e espiritismo, e o que eu alcancei desejaria que todos os meus primos hoje ricos, e outros também alcançassem. Os que progrediram nesse campo foram os que sofreram quando garotos pela perda do pai.


21 de Julho de 2013



    Veio o boiadeiro Sebastião de Aparecida e preparou a vela roxa, o nome da pessoa a ser beneficiada no papel molhado com leite. Leite é alimento pronto, nutrição, e lembra mãe, apoio materno, que é o que necessita essa pessoa, pois apesar de ja ter cinquenta anos, a perda da mãe muito velha, ha pouco tempo pode tê-la deixado sem defesas. Também perda do irmão a abalou muito. Irmão também é aquele que compartilhou o leite e etc...

           Essa vela devera ser acendida durante os trabalhos de evangelho até terminar, e ele lembrou que até agora todos os nomes ali colocados foram bem sucedidos. Explicou que a moça está obsidiada e é necessário ajudá-la. Minha esposa perguntou sobre se os eguns que vinham aqui no trabalho para aprender subiam e ficavam pelos quartos. Ele disse que isso pode acontecer. E mais, ela mesma pode trazer muitos eguns lá do centro espírita onde dá passes. Eles podem simpatizar e acompanhar a pessoa. Para afastá-los acender um incenso, pois eles não gostam do cheiro das ervas naturais. Como eu aprofundasse essa questão ele esclareceu que os eguns perdidos atraidos por simpatia geralmente se afastam, mas os eguns mandados por magia negra ou malfeito não se afastam, pois têm também que dar contas aos mandantes. Nesse caso  é necessário outra ação. Geralmente são vítimas de pactos e isso gera uma bola de neve. Como exemplo ele lembrou as brincadeiras que fazem com o "Seu Sete Chamas", o qual dizem, sabe fazer pouca coisa, mas conhece muita gente que sabe e então recorre a esses conhecidos para ajudar quem lhe pede ajuda, e sempre na amizade, não com pactos. Assim são os exus, trabalham na lei e na amizade e para evoluir, e não para alimentar vaidades no ponto em que estão. O pacto é um negócio e tem uma contrapartida definida. O trabalho para evolução é doação. Pode existir até mesmo agremiações religiosas de grande mercado que estão gravemente comprometidas com pactos, consciente ou inconscietemente, porque visam o poder pessoal em primeiro lugar. Portanto, quando eguns ou exus mirins são mandados contra nós a situação necessita socorro de quem sabe, para desligar os laços e então o mal retorna a quem fez. E então o feiticeiro ou mandante repete o feito, que retorna novamente, até uma hora que ou ele para ou sofre um choque muito forte, ou se arrepende que é o recomendável. Daí surge e bola de neve de entidades se envolvendo.
         Perguntei se é melhor não trabalhar espiritualmente em casa e sim no centro que tem melhores recursos. Ele respondeu, que se vamos ao centro, acabamos sempre trazendo trabalho pra casa também, portanto é bom já ter oficio desenvolvido em casa. Sempre que vamos ajudar alguém aparece alguem para nos atacar. Esse agressor pode ser inimigo da ação caridosa simplesmente, pode ser inimigo da pessoa que está sendo auxiliada e por aí vai, e não por causa disso que vamos parar de trabalhar. A vida é essa luta. E sempre lutamos não para vencer e dominar o agressor, mas para libertá-lo do seu próprio sofrimento.








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